Incêndio destrói um dos maiores teatros de São Paulo

17 ago 2008

Grande parte do patrimônio físico do teatro foi destruída em decorrência do incêndio que atingiu o prédio, localizado na R. Nestor Pestana, 196, na região central de São Paulo. Além da sala principal, a Esther Mesquita, com capacidade para 1.156 lugares, a aparelhagem técnica, de iluminação, palcos, platéia, todos os camarins e cenários das duas peças em cartaz foram completamente destruídas. Dois pianos Steinway & Sons, de Hamburgo, um deles doado pela família Baumgart e estimado em US$ 100 mil, e o outro comprado pela Secretaria de Estado da Cultura com o auxílio da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), também devem ter sido devorados pelo fogo, segundo a diretora artística do Cultura Artística, Gioconda Bordon.

O Cobom (Corpo de Bombeiros) afirma ainda não ser possível determinar a causa do incêndio, que atingiu no começo da manhã as instalações do teatro. Inicialmente, uma explosão em um prédio vizinho ao teatro foi apontada como a causa do fogo. Engenheiros da Prefeitura de São Paulo vão fazer uma vistoria no local para saber se a estrutura do prédio foi comprometida.

O painel de 48 metros de largura por 8 metros de altura assinado por Di Cavalcanti, na fachada do teatro não foi atingido. Histórico, o teatro Cultura Artística foi inaugurado em março de 1950 com a apresentação do maestro Heitor Villa-Lobos.

A sala onde é mantido um rico acervo fonográfico pode ter se mantido intacta, pois é localizada próximo às salas administrativas e ao saguão, segundo os bombeiros estas áreas não foram atingidas. Também a sala Rubens Sverne, menor e com capacidade para 339 lugares, que no entanto entra na estimativa de estragos por ter ficado alagada em virtude do trabalho dos bombeiros. Depois do cálculo dos estragos, o próximo passo é ver como será feita a retomada da programação, com espetáculos até novembro.

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